Minha mãe me disse que o
Paraíso bateria na minha porta um dia.
Que eu seria tirado do inferno
em que vivia.
Ela estava certa sobre uma
coisa e tão errada sobre a outra.
Bonita.
Perfeita.
Um anjo.
E depois.
Minha vida se tornou um
inferno.
Ela se foi.
Desapareceu.
Eu parti.
Fui para a guerra.
Morto.
Tudo por ela.
Todo rosto era o do homem que
a levou.
Todo sonho preenchido com ela.
Por doze anos eu existi no
inferno.
Respirei o fogo do purgatório.
Até ela, a mulher na praia
fora da minha casa.
Cativante.
Encantadora.
Hipnotizante.
Não poderia ser minha Cora, meu
anjo, meu paraíso na terra.
Ela estava morta. Não estava?
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